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Metaverso e as novas interações no trabalho

Tecnologia e necessidade se uniram alterando as limitações de forma permanente. Felizmente, ainda que não seja uma prática habitual em muitos negócios, há bastante tempo podemos reunir equipes para conversar sobre projetos ou promover um happy hour, independentemente da distância física.

As maravilhas apresentadas pela tecnologia trazem, entre suas vantagens, o poder de aproximar pessoas e ajudar a derrubar barreiras. À medida que as empresas se adaptam, fica claro que o trabalho em home office pode promover muito mais do que simples conexões frias.

Estar conectado significa ter acesso a um infinito volume de informações e conhecimento, além do poder de interação com qualquer pessoa ou comunidade do planeta.

Tempos atrás, o mundo virtual era observado de outra forma, e seus adeptos corriam o risco de serem julgados como pessoas isoladas da realidade. Com o metaverso, novas possibilidades e interações são contempladas de forma ainda mais atraente que as experiências virtuais não imersivas.

O mundo continua se expandindo através da Internet, possibilitando o intercâmbio de ideias entre pessoas e empresas, unindo equipes de trabalho e dando aos profissionais de diversos segmentos formas de expandir e otimizar o uso da tecnologia em suas atividades.

O futuro do ambiente de trabalho

De acordo a visão de Bill Gates, os próximos anos serão primordiais para a mudança de toda estrutura empresarial que conhecemos. Na realidade, pode-se dizer que já estamos em um nível avançado desse processo de transição.

O teletrabalho se expandirá e os ambientes virtuais se tornarão cada vez mais realistas, possibilitando reuniões em equipe e novas formas de interação, com um nível de realidade semelhante ao que experimentamos em nossas vidas offline.

Os acessórios de realidade virtual, ainda inacessíveis para grande parte da população, também tendem a se popularizar, pois são recursos fundamentais para a captura de expressões, linguagem corporal e uma experiência imersiva.

O isolamento mundial provocado pela Covid-19 acelerou a adesão às novas tecnologias e, em alguns casos, forçou até mesmo a digitalização em nível elementar, ao inviabilizar o uso do velho computador utilizado como servidor e backup no escritório da empresa. Corporações precisaram pular etapas para se adaptar a uma realidade em que estar no mesmo espaço físico não era uma opção viável.

Mesmo diante de uma fase de relaxamento nas medidas sanitárias durante a pandemia, uma parcela das grandes empresas tem optado por seguir com o teletrabalho. Agora, ver adeptos do home office promovendo novas experiências no metaverso parece ser apenas uma questão de tempo.

Novas profissões surgem com o metaverso

Além da modernização e mudança da estrutura das empresas, reduzindo de forma drástica a necessidade da presença física, podemos observar funções que tendem a surgir ou crescer com a popularidade do metaverso.

– Especialistas em Cibersegurança:

Com a expansão da realidade virtual e do número de conexões, tendem a crescer os índices referentes aos crimes virtuais. Ataques cibernéticos precisarão ser controlados e especialistas em Cibersegurança terão de seguir agindo para a segurança dos usuários e sistemas, com o objetivo de mitigar ameaças em tempo real.

A engenharia social ainda é um dos métodos considerados mais eficientes para os ataques à segurança, então, em um universo imersivo e possivelmente ainda mais encantador aos olhos do usuário, os especialistas precisarão lidar com as novas possibilidades de fraude.

– Construtores do novo mundo:

O ambiente do metaverso pode ser desenvolvido de acordo com a criatividade humana, projetado para atender a objetivos específicos. Os profissionais encarregados pela concepção e construção dos ambientes atuarão no desenvolvimento de soluções e produtos.

Aqui se enquadram arquitetos, designers, psicólogos, sociólogos, advogados e profissionais de marketing. Em um ambiente construído para acomodar interações humanas, é totalmente compreensível que profissionais de áreas tradicionais encontrem espaço para atuar na otimização da experiência do usuário no metaverso, em diferentes sentidos.

– Bloqueadores de anúncios:

Há décadas experimentamos as inúmeras possibilidades de exploração da publicidade online, desde os banners estáticos e pop-ups, aos anúncios inseridos entre vídeos de bebês e gatinhos. Excessos, abusos e publicidade irregular também precisarão de moderação no metaverso, e os especialistas no bloqueio de anúncios protegerão o ambiente virtual e a fluidez da experiência do usuário.

– Designers de avatares:

Assim como na realidade, cada usuário carregará seu estilo e identidade visual para o metaverso. Assim, os profissionais especializados no desenvolvimento dos avatares e itens de personalização serão extremamente importantes e requisitados por sua influência sobre a imagem projetada pelos usuários no mundo virtual.

Podemos ter uma noção das proporções do mercado de personalização analisando a evolução de um software lançado há mais de duas décadas. Counter-Strike, um dos jogos mais famosos de todos os tempos, movimenta um mercado de cerca de US$ 10 bilhões por ano em personalização de itens ou skins. A coleção de skins de Neymar no game CS:GO, por exemplo, foi avaliada recentemente em cerca de R$ 213 mil.

Essas são apenas algumas das incontáveis vias para o metaverso. É importante observar que há oportunidades para funções tradicionais que percebam as possibilidades e estejam dispostas a se adaptar, afinal, storytelling e compliance continuarão demandando atenção e cuidado mesmo no ambiente virtual.

O metaverso é real

O interesse por obras que relatam o futuro, aquilo que parece distante e impossível para o momento, é uma característica humana. Se considerarmos apenas o cinema, já faz 127 anos que nos encantamos com as histórias contadas através de telas em obras que, até 1927, não tinham nem mesmo passagens faladas.

Estamos em uma fase transicional, onde o futuro como imaginávamos está mais próximo do que o passado e as possibilidades de usufruir dos benefícios do metaverso são concretas. Até mesmo governos, segmento que remete a uma ideia tradicional e conservadora, já possuem datas estimadas para implantação de serviços 100% virtuais.

A Inteligência Artificial presente em interações e automação de tarefas no mundo físico também será amplamente utilizada através de robôs e aplicações. Podemos esperar por uma experiência com assistentes virtuais muito mais interessantes e expressivos, que podem ser completamente diferentes de caixinhas de som colocadas sobre a mesa.

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Por AllRox

Profissional de marketing com especializações em Comunicação e Marketing para mídias digitais; Administração, Finanças e Geração de Valor; Tecnologia para Negócios: AI, Data Science e Big Data. Graduando em Engenharia de Software.

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