Instituído em 2006 pelo Conselho Europeu, o Dia Mundial da Privacidade de Dados, surgiu para disseminar e promover a conscientização sobre o tema. Atualmente, dados consistem em bens de grande valor para seus titulares, portanto, protegê-los tornou-se fundamental.
A Europa criou em 2012 o GDPR – General Data Protection Regulation, que entrou em vigor em maio de 2018, com o intuito de proporcionar aos usuários controle sobre seus dados pessoais. A partir daí, regras rígidas sobre o tratamento dos dados passaram a valer por lá, refletindo de alguma maneira em todo o mundo.
Alguns anos depois a regulação dos dados também chegou ao Brasil, através da Lei nº 13.709/18 (Lei Geral de Proteção de Dados ou LGPD), que em vigor em setembro de 2020 para assegurar entre outros objetivos o direito à privacidade e proteção dos dados pessoais dos usuários.
Agora, os mesmos usuários que até então produziam grandes volumes de dados sem muito controle sobre sua propriedade, possuem o direito legal à revogação do acesso às informações, enquanto as instituições passaram a depender do seu consentimento para utilizá-las.
IA na proteção da privacidade
Conforme apontado pela consultoria Gartner, mais de 40% dos recursos tecnológicos para proteção da privacidade dependerão da IA até 2023. A consultoria ressalta, ainda, que a IA respondia por apenas 5% nos sistemas de compliance em 2020.
Com a LGPD, os usuários podem requisitar informações sobre o uso de seus dados, o que poderia facilmente representar um grande problema diante do número de usuários em comparação com o volume de informações tratadas pelas corporações. Nem todas as instituições estariam preparadas para lidar com tal situação.
A Inteligência Artificial possui um enorme potencial para otimizar processos relacionados à privacidade de dados, agilizando, por exemplo, respostas a demandas sobre dados de usuários, que levam em média duas semanas para serem atendidas, segundo a Pesquisa de Risco e Segurança do Gartner de 2019.
Soluções em IA representam um caminho para a redução do tempo de resposta às demandas dos usuários, uma vez que grandes volumes de requisições envolvendo dados podem ser solucionados sem a necessidade de intervenção humana, por exemplo.
Além de muito eficientes no processamento de grandes volumes de solicitações, a Inteligência Artificial é capaz de avaliar com precisão questões subjetivas, relacionadas a normas e leis, gerando economia para as instituições e o incremento no grau de satisfação e confiança do usuário.
Vale lembrar que o compartilhamento dos dados com diversos sistemas utilizados no dia a dia tem um importante papel na orferta de serviços alinhados às nossas preferências, algo que também se deve ao uso da Inteligência Artificial. Um exemplo simples, mas muito comum, é o sistema de recomendação de conteúdo da Netflix, que apresenta sugestões com base em avaliações realizadas pelo usuário.
Investir em tecnologias de Inteligência Artificial é um meio eficiente para atuar em conformidade com a privacidade de dados, promovendo entre outros benefícios a satisfação aos usuários através de um atendimento ágil e preciso.